
Governo decidiu pela anulação do concurso para a terceira travessia do Tejo pelo facto de haver "alteração das condições" de carácter técnico e financeiro "que existiam à data do concurso", afirma Correia da Fonseca, Secretário de Estado dos Transportes.
Por outro lado, o governante acrescentou que um novo concurso permitirá ao Estado português baixar os custos da nova ponte sobre o Tejo mediante o aumento da comparticipação comunitária, ao serem redireccionadas verbas em vias de se perderem com o adiamento dos troços de TGV Lisboa-Porto e Porto-Vigo.
"Os fundos comunitários que estavam previstos para o projecto de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo iriam ser perdidos devido ao facto de ser adiado por dois anos. Para não perdermos (o dinheiro) vamos utilizá-lo na terceira travessia", esclareceu.
Rui Rio, autarca do Porto, diz que é um absurdo e que podia fazer-se exactamente o oposto: adiar-se a ponte e fazer agora o TGV Porto-Vigo.
No tocante a uma eventual indemnização do Estado aos consórcios que concorreram à terceira travessia, trata-se de uma hipótese que não se colocará se o concurso for relançado no espaço de seis meses. Nem a elaboração das propostas será compensada nestas condições. Os dois consórcios finalistas não comentaram a decisão do Governo.
Deste modo, haverá menos impacto nas contas públicas, alegadamente.
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